A procuradoria-Geral da República (PGR), em parceria com o Banco de Moçambique (BM), Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM), Associação Moçambicana de Bancos (AMB) e operadoras de telefonia móvel debateram, no passado dia 1 de Agosto corrente, na Cidade de Maputo o I Seminário sobre Fraudes com recurso a redes de Telecomunicações ou Meios de Pagamento Electrónicos.
Na ocasião, o BM, através do administrador do pelouro de Estabilidade Monetária, Jamal Omar, informou que nos primeiros cinco meses do ano em curso registaram-se cerca de oito mil fraudes que resultaram em perdas de mais de 112 milhões de Meticais.
O maior volume de fraudes com recurso aos meios de pagamentos electrónicos ocorre nas transações com moeda electrónica (carteiras móveis), cartões bancários e por internet banking.
Alguns exemplos de fraude são mensagens com o teor, “o dinheiro manda neste número”, extorsão de valores através de contas bancárias, bem como de contas de moeda electrónica, factores que fizeram com que, a 24 de Fevereiro de 2022, a PGR, INCM, empresas operadoras de telefonia móvel, Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) e a AMB lançassem uma plataforma online através da qual os lesados fazem denúncias para investigar e responsabilizar os burladores.
De acordo com Quitério Madeira, representante da AMB, Moçambique regista, pelo menos 1,5 milhão de ataques cibernéticos por mês, que culminam em perdas financeiras significativas, Perda de confiança dos clientes e danos a reputação dos operadores do sector financeiro e nos meios de pagamentos electrónicos a longo prazo, bem como a Interrupção normal da actividade para investigar as causas da fraude.
Para a AMB, o combate a fraudes com o uso de Meios de Pagamento Electrónico em Moçambique requer uma abordagem holística que envolva a implementação de tecnologias de segurança avançadas, fortalecimento da cooperação entre os sectores público e privado, educação da população, monitorização constante das transacções electrónicas e introdução de penas severas contra os infractores.