A Associação Moçambicana de Bancos (AMB) e a Agência Alemã para a Cooperação Internacional (GIZ) reuniram-se em Maputo, no dia 7 de Novembro, para apresentar e discutir o modelo para o desenvolvimento de produtos e serviços adequados para os grupos informais de poupança em Moçambique.
O encontro foi dirigido por Gabriela Rosales, chefe da campanha de desenvolvimento de sistemas financeiros na GIZ, e Elísio Langa, secretário do Conselho de Direcção (CD) da AMB, e contou com a participação de representantes de diferentes instituições financeiras, como bancos, micro-finanças e instituições de moeda eletrónica.
Durante as notas de abertura, Elísio Langa explicou que o modelo apresentado representa um passo avançado para a adopção de formas de poupança sustentáveis em Moçambique, através de medidas mais adequadas para a transição para uma economia mais formal. Langa destacou que muitas questões já estão respondidas nos instrumentos legais do sistema financeiro em fase de revisão, como a lei que estabelece o regime jurídico das contas bancárias.
Gabriela Rosales observou que a integração da economia informal na plataforma legal do sistema financeiro é também uma medida de consolidação da inclusão financeira, dada a grande concentração de mulheres nesses grupos informais de poupança. “Quando o dinheiro está sob posse de uma mulher, a taxa de sinistralidade tende a diminuir”, referiu.
A adopção deste modelo está alinhada com o projeto de acesso e uso de serviços financeiros, previsto na Estratégia Nacional de Inclusão Financeira (ENIF), relacionado com o plano de trabalho da GIZ em parceria com a AMB.
Através desse modelo, os bancos poderão desenvolver seus próprios produtos de poupança, inovadores e inclusivos. Além disso, podem usar este modelo para realizar uma mini-pesquisa de clientes, personalizando os produtos com base em seus próprios processos internos e estratégias.
É importante destacar que, neste projecto, a GIZ e a AMB apoiam o Banco de Moçambique em programas de inclusão e literacia financeira.